domingo, 18 de março de 2012

Minhas Asas

Voei no mais alto das minhas lembranças
Onde nem mesmo você estaria
Onde o sol outrora mais escuro
Do seu óbvio me ofuscaria

E assim como a fraqueza de Ícaro
De cera também são minha asas
Que derretidas no escuro desse sol
Propicia minha queda no que passas

quarta-feira, 16 de março de 2011

Você


Falar de ti é como falar do mar
Purifica-se a alma quando o faz
Pensar em ti é como pensar no Sol
Tem-se sempre a certeza de que uma luz está brilhando
Conversar contigo é como dialogar com a natureza
Sente-se sua voz mais do que a ouve
Olhar-te é como olhar para o céu numa noite estrelada
Ve-se a infinitude do ser
Estar perto de ti é como estar perto do céu
Sinto-me onipotente

Mil harpas não têm a daçura da sua voz
Mil virgens não têm sua pureza
Mil rosas não têm sua belezas
Mil leões não têm sua coragem
E nem todo o universo não contém sua alegria

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Uma Lágrima Vazia

Uma lágrima percorre meu rosto
Uma simples lágrima
Não é uma lágrima de dor
Que inunda as perdas da vida
Nao é a uma lágrima de paixão
Que afoga qualquer sinal de racionalidade
Não é a uma lágrima de fé
Na qual navegam para uma vida eterna
Não é a lágrima da alegria
A qual refresca ansiedades
É uma simples lágrima
Contraída do meu íntimo
Sem razão, sem sentimento
Sem nada

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Eu e Minha Amada

Como são belos os olhos famintos de um cão vagabundo!
Assim são os olhos da minha amada
Cheios das mais infames dores que eu causarei
Cheios da insegurança do futuro que darei
Cheios da desperanaça que eu propiciei
Cheios das faltas que eu não preencherei

Como são belos os pensamentos dos loucos
Assim são os meus quando amo
Penso em minha amada por inteira, pois é lua nova
É lua crescente, minha amada jão não é tão interessante
A lua míngua, e minha amada está em meu desejos mais ardentes
Minha amada já não me preenche mais.
É hora de mudar, pois a lua já é cheia

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Silenciosamente...

Há uma multidão que me cerca
Ainda assim sinto um fúnebre silêncio
Do tipo que só os mortos conseguem
E esse silêncio se amplia
Ao seu máximo de volume
Sou capaz de ouví-lo
E quando ouço-o
Não sei se sou eu
Essa multidão
Ou apenas a minha solidão

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Meu Sono

É meia noite
Sou cobrado por Morpheu
Mas meu corpo ainda resiste
Minha alma não se entrega
Penso que a TV é minha aliada nessa guerra
Mas ela é meu Judas
Com um beijo de imagens e lembrança
Fecha suavemente meus olhos
Enfim meu corpo é vencido pela minha fraqueza
Só me restará na manhã seguinte
Relatar o sonho que nunca tive

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Meu Plágio

Minha noite é tua madrugada
Meu atalho é teu caminho
Minha passagem é tua parada
Teu tumulto é meu sozinho

Meu passeio é tua história
Meu lugar é teu mundo
Minha lembrança é tua memória
Teu enfático é meu vagabundo

Para mim só restou
Querendo-te com ganância
O sentimento que não me fartou
O significado da tua insignificância